segunda-feira, 28 de outubro de 2013

CARBOIDRATOS

O que são 

Os carboidratos são alimentos que fornecem energia ao organismo. 
Dentro deste grupo energético estão os cereais (arroz, trigo, milho, aveia, etc), os tubérculos (batatas, mandioca, mandioquinha, etc) e os açúcares (mel, frutose, etc).

Grupos 

Eles são divididos em três grupos principais, sendo eles os monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos. Os dois primeiros são conhecidos como carboidratos simples, já os polissacarídeos são denominados carboidratos complexos.

Em geral, o grupo dos carboidratos simples é formado pelos açúcares. Ao contrário do que muitos acreditam, ele não está presente somente em doces, mas também nas massas, arroz, etc.

No caso dos carboidratos complexos, estes são compostos em sua maior parte por fibras solúveis (podem ser dissolvidas em água) e insolúveis (não podem ser dissolvidas em água).

Função 

De forma geral, os carboidratos desempenham um papel extremamente importante em nosso organismo, pois é através deles que nossas células obtêm energia para realizar suas funções metabólicas. 

RECUPERAÇÃO PÓS-EXERCÍCIO

Recuperação após o exercício
Componentes do consumo do oxigênio 

Imediatamente após um exercício exaustivo, o consumo de oxigênio diminui rapidamente. Este momento é denominado de Fase de recuperação rápida do oxigênio. Após essa momento, ocorre a fase de recuperação lenta do oxigênio.
Restauração das reservas de O2 

O oxigênio é armazenado na mioglobina e esta facilita a “difusão do oxigênio no sangue para as mitocôndrias”.

Durante a fase de recuperação rápida, as reservas de oxigênio-mioglobina são refeitas através do oxigênio consumido imediatamente após o exercício.
Restabelecimento das reservas energéticas durante a recuperação 

As gorduras são reconstituídas apenas indiretamente pelo reabastecimento de CH (glicose e glicogênio).
Restauração do ATP + CP a fase de recuperação rápida 

Grande parte da reserva de ATP depletada no músculo durante o exercício é restabelecida em poucos minutos após o exercício. Para que isso ocorra, é necessário que nesse processo haja oxigênio disponível na circulação sangüínea.
Tempo de Recuperação do Sistema ATP-PC
30 seg.70%
1 min.80%
2 a 3 min.90%
5 a 10 min.100%
Energética da restauração dos fosfagênios 

Os fosfagênios são restaurados a partir do ATP que foi ressintetizado. O ATP, por sua vez, é ressintetizado diretamente a partir da energia liberada pela desintegração dos alimentos.

O glicogênio representa o único combustível metabólico para a glicólise anaeróbia e constitui um dos principais combustíveis para o sistema aeróbio durante vários estágios da resistência.
Ressintese do glicogênio muscular

A plena restauração das reservas de glicogênio após um exercício leva vários dias e depende de dois fatores principais:

1) o tipo de exercício realizado;

2) a quantidade de CH dietéticos consumida durante a recuperação. 


Quadro: O tempo necessário para a conclusão de alguns processos bioquímicos no período de descanso 
PROCESSOS
RECUPERAÇÃO
 Recuperação das reservas de O2 do organismo10 a 15 seg.
 Recuperação das reservas anaeróbio nos músculos02 a 05 min.
 Eliminação do ácido lático30 a 90 min.
 Ressíntese das reservas intra-musculares de glicogênio12 a 48 horas
 Recuperação das reservas de glicogênio no fígado12 a 48 horas

Correlação entre os Sistemas 

"A duração do exercício é inversamente proporcional à sua intensidade"

Em repouso, o organismo só necessita produzir energia para atender às exigências do metabolismo basal.

Ao se iniciar uma atividade física, aumenta-se o consumo energético e podem ocorrer 3 situações:
O esforço é extenuante (> 100% VO2 máx):
a demanda energética só poderá ser atendida pelo sistema anaeróbio alático;

quando as reservas de CP se depletarem, a atividade não poderá mais ser realizada.
O esforço é intenso (entre 85 a 100% VO2 máx):
a quantidade de energia necessária à consecução do exercício pode ser fornecida pelo sistema anaeróbio lático;
este ressintetiza a ATP indispensável ao esforço;a intoxicação do meio pelo ácido lático impedirá a continuação da atividade além de aproximadamente 1h ½ .

O esforço é moderado (< 85% VO2 máx)
apesar da demanda extra inicial de energia ser atendida pelo sistema anaeróbio, o aumento do aporte de oxigênio às células musculares, após algum tempo permite que o sistema aeróbio ressintetize o ATP necessário.

SISTEMAS ENERGÉTICOS

O ATP 

Composto químico denominado Adenosina Trifosfato, que é armazenado nas células musculares
O ATP consiste em um componente de adenosina e 3 partes denominadas grupo fosfato.

Como o ATP é fornecido a cada célula muscular?

Existe uma quantidade limitada de ATP em cada célula muscular;
O ATP está sendo utilizado e regenerado constantemente.

São três processos comuns produtores de energia para a elaboração do ATP:

1) O sistema ATP-CP, ou fosfagênio;

2) A glicólise anaeróbia, ou sistema do ácido lático;

3) O sistema de oxigênio.



Sistema ATP-CP (do fosfagênio) ou Anaeróbio Alático 

A fosfocreatina é armazenada nas células musculares. Ela é semelhante ao ATP por também possuir uma ligação de alta energia no grupo fosfato.

A quantidade de ATP disponível a partir do sistema fosfagênio equivale a uma quantidade entre 5,7 e 6,9 kcal, não representando muita energia para ser utilizada durante o exercício.

Ex.: As reservas de fosfagênio nos músculos ativos serão esgotadas provavelmente após apenas 10 segundos de exercício extenuante, como ao dar um pique de 80 metros.

O sistema do fosfagênio representa a fonte de energia disponível mais rápida do ATP para ser usado pelo músculo:

1) não depende de uma longa série de reações químicas;

2) não depende do transporte do oxigênio que respiramos para os músculos que estão realizando trabalho;

3) tanto o ATP quanto CP estão armazenados diretamente dentro dos mecanismos contráteis dos músculos.


Glicólise anaeróbia ou Sistema Anaeróbio lático.
A glicólise anaeróbia envolve a desintegração incompleta de uma das substâncias alimentares, o carboidrato, em ácido lático.

Pode ser utilizado dessa forma ou armazenado no fígado e nos músculos, como glicogênio.

A glicólise anaeróbia é mais complexa do que o sistema do fosfagênio (12 reações).

A partir de 1mol, ou 180g de glicogênio, apenas 3 moles de ATP podem ser ressintetizados.

O acúmulo mais rápido e os níveis mais altos de ácido lático são alcançados durante um exercício que pode ser sustentado por 60 a 180 segundos.

Sistema Aeróbio ou Oxidativo 

consiste no término da oxidação dos carboidratos

envolve a oxidação dos ácidos graxos.

Ambas as partes do sistema do oxigênio possuem o Ciclo de Krebs como sua via final de oxidação.

A energia liberada pela desintegração das substâncias alimentares e quando a CP é desfeita, são utilizadas para refazer novamente a molécula de ATP.
Fontes Aeróbias de ATP - Metabolismo Aeróbio 

Na presença de oxigênio, 1 mol de glicogênio é transformado completamente em dióxido de carbono (CO2) e água (H2O), liberando energia suficiente para a ressíntese de 39 moles de ATP. As reações do sistema do oxigênio ocorrem dentro da célula muscular, ficam confinadas em compartimentos subcelulares especializados, denominados mitocôndrias. O músculo esquelético está repleto de mitocôndrias.

As muitas reações do sistema aeróbio podem ser divididas em três séries principais:

(1) glicólise aeróbia;

(2) Ciclo de Krebs;

(3) sistema de transporte dos elétrons. 

quarta-feira, 3 de julho de 2013

FATORES FISIOLÓGICOS DO TREINO - 1

FATORES FISIOLÓGICOS DO TREINO - 1

A fadiga muscular
Quando uma pessoa realiza um esforço muscular muito intenso, é comum ela ficar cansada e sentir dores na região muscular mais solicitada. É a fadiga muscular, que ocorre por causa do acúmulo de ácido lático no músculo.
Em situação de intensa atividade muscular, os músculos estriados esqueléticos necessitam de muita energia. Essa energia é obtida pela “queima” de alimento com o uso de gás oxigênio. Mas, nesse caso, parte da energia necessária para a atividade muscular é obtida também por um tipo de fermentação, um mecanismo de “queima” de alimento sem utilização gás oxigênio. A fermentação que ocorre no músculo é chamada fermentação láctica, pois gera ácido láctico como produto final.
Após um período de repouso, o ácido láctico presente no músculo da pessoa é “queimado”, e as dores musculares desaparecem.

Músculos e fibras
Ao observar um pedaço de carne crua, percebemos que ela é formada por inúmeros fios paralelos e presos uns aos outros por tecido conjuntivo (parte branca e pelanca). Depois do cozimento, o tecido conjuntivo se altera e já não prende tão bem esses fios. Assim, fica fácil desfiar a carne.
Os fios observados são feixes de fibras musculares. Cada fibra muscular ou miócito é uma célula longa e fina, com muitos núcleos e com o citoplasma ocupado por filamentos microscópicos chamados miofibrilas. As miofibrilas permitem a contração muscular e, portanto, nossos movimentos.
Os músculos estriados são as vezes chamados de “músculos vermelhos”, por causa de uma proteína chamada de mioglobina. Essa proteína é uma espécie de “parente” da hemoglobina das hemácias: tem um quarto do tamanho dela, é vermelha e capaz de se combinar com o gás oxigênio. A mioglobina funciona como um reservatório do gás oxigênio para as atividades musculares.
Nos mamíferos aquáticos, a mioglobina é particularmente abundante. É o caso de animais como as focas, as baleias, os leões-marinhos e os golfinhos. Se comparados com mamíferos terrestres, esses animais aquáticos possuem mais glóbulos vermelhos e alvéolos pulmonares mais desenvolvidos e em maior número. E, nos músculos, a grande presença de mioglobina garante um notável armazenamento de gás oxigênio.
Tudo isso contribui para que possam mergulhar e permanecer submersos na água por períodos relativamente longos.

SISTEMA MUSCULAR

SISTEMA MUSCULAR

O sistema muscular é formado pelo conjunto de músculos do nosso corpo. Existem cerca de 600 músculos no corpo humano; juntos eles representam de 40 a 50% do peso total de uma pessoa. Os músculos são capazes de se contrair e de se relaxar, gerando movimentos que nos permitem andar, correr, saltar, nadar, escrever, impulsionar o alimento ao longo do tubo digestório, promover a circulação do sangue no organismo, urinar, defecar, piscar os olhos, rir, respirar...
A nossa capacidade de locomoção depende da ação conjunta de ossos, articulações e músculo, sob a regulação do sistema nervoso.
Tipos de músculos
No corpo humano, existem músculos grandes, como os da coxa, e músculos pequenos, como certos músculos da face. Eles podem ser arredondados (os orbiculares dos olhos, por exemplo); planos (os do crânio, entre outros); ou fusiformes (como os do braço).
Mas, de maneira geral, podemos reconhecer três tipos de músculo no corpo humano:
  • Músculo não estriado (músculo liso);
  • Músculo estriado esquelético;
  • Músculo estriado cardíaco.
Os músculos não estriados têm contração lenta e involuntária, isto é, os movimentos por eles gerados ocorrem independentemente da nossa vontade.
Esses músculos são responsáveis, por exemplo, pela ereção dos pêlos na pele (“arrepio”) e pelos movimentos de órgãos como o esôfago, o estômago, o intestino, as veias e as artérias, ou seja, músculos associados aos movimentos peristálticos e ao fluxo de sangue no organismo.
Os músculos estriados esqueléticos fixam-se aos ossos geralmente por meio de cordões fibrosos, chamados tendões. Possuem contração vigorosa e voluntária, isto é, seus movimentos obedecem a nossa vontade. Exemplos: os músculos das pernas, dos pés, dos braços e das mãos. O músculo estriado cardíaco é o miocárdio, o músculo do coração, que promove os batimentos cardíacos. Sua contração é vigorosa e involuntária.

O trabalho muscular
Uma das principais propriedades dos músculos é a capacidade de se contrair; a contratilidade; é ela que torna possíveis os movimentos.
No caso dos músculos estriados esqueléticos, os ossos atuam como alavancas e permitem a efetivação do movimento. Às vezes, o movimento é possível graças ao trabalho antagônico de dois músculos. Por exemplo: quando você dobra um braço, o bíceps braquial se contrai, diminui no comprimento e aumenta na espessura. Ao mesmo tempo, o tríceps braquial relaxa. Ao esticar o braço, a situação se inverte: o bíceps braquial relaxa, voltando ao tamanho normal, e o tríceps braquial se contrai.

CICLO DE KREBS

CICLO DE KREBS

O ciclo de Krebs, também chamado de ciclo do ácido cítrico, ou ciclo do ácido tricarboxílico, é uma das fases da respiração celular descoberta pelo bioquímico Hans Adolf Krebs, no ano de 1938. Essa fase da respiração ocorre na matriz mitocondrial e é considerada uma rota anfibólica, catabólica e anabólica.
O ciclo de Krebs ocorre na matriz mitocondrial e foi descoberto pelo bioquímico Hans Adolf Krebs
No ciclo de Krebs, o ácido pirúvico (C3H4O3) proveniente da glicólise sofre uma descarboxilação oxidativa pela ação da enzima piruvato desidrogenase, existente no interior das mitocôndrias dos seres eucariontes, e reage com a coenzima A (CoA). O resultado dessa reação é a produção de acetilcoenzima A (acetil CoA) e de uma molécula de gás carbônico (CO2). Em seguida, o acetil CoA reage com o oxaloacetato, ou ácido oxalacético, liberando a molécula de coenzima A, que não permanece no ciclo, formando ácido cítrico.
Depois de formar o ácido cítrico, haverá uma sequência de oito reações onde ocorrerá a liberação de duas moléculas de gás carbônico, elétrons e íons H+. Ao final das reações, o ácido oxalacético é restaurado e devolvido à matriz mitocondrial, onde estará pronto para se unir a outra molécula de acetil CoA e recomeçar o ciclo.
Os elétrons e íons H+ que foram liberados nas reações são apreendidos por moléculas de NAD, que se convertem em moléculas de NADH, e também pelo FAD (dinucleotídeo de flavina-adenina), outro aceptor de elétrons.
No ciclo de Krebs, a energia liberada em uma das etapas forma, a partir do GDP (difosfato de guanosina) e de um grupo fosfato inorgânico (Pi), uma molécula de GTP (trifosfato de guanosina) que difere do ATP apenas por conter a guanina como base nitrogenada ao invés da adenina. O GTP é o responsável por fornecer a energia necessária a alguns processos celulares, como a síntese de proteínas.
Podemos concluir que o ciclo de Krebs é uma reação catabólica porque promove a oxidação do acetilCoA, a duas moléculas de CO2, e conserva parte da energia livre dessa reação na forma de coenzimas reduzidas, que serão utilizadas na produção de ATP na fosforilação oxidativa, a última etapa da respiração celular.
O ciclo de Krebs também tem função anabólica, sendo por isso classificado como um ciclo anfibólico. Para que esse ciclo tenha, ao mesmo tempo, a função anabólica e catabólica, as concentrações dos compostos intermediários formados são mantidas e controladas através de um complexo sistema de reações auxiliares que chamamos de reações anapleróticas. Um exemplo de reação anaplerótica é a carboxilação de piruvato para se obter oxalacetato, catalisado pela enzima piruvato carboxilase.

O Que é ATP?

ATP - ADENOSINA TRIFOSFATO

Estruturalmente, o ATP consiste de três grupos fosfato (PPO 43-) e de uma unidade de adenosina composta de adenina e do açúcar ribose. O ATP libera uma grande quantidade de energia utilizável quando é desdobrado pela adição de uma molécula de água (hidrólise).
ATP
Quando o grupo fosfato terminal é hidrolisado, e, dessa forma, removido, a molécula modificada é chamada de fosfato de adenosina (ADP). Esta reação libera energia.
A energia fornecida pelo catabolismo do ATP em ADP é constantemente utilizada pela célula. Devido ao fornecimento de ATP em um dado momento ser limitado, existe um mecanismo de reabastecimento: um grupo fosfato é adicionado ao ADP para produzir mais ATP.
É necessária energia para a produção de ATP. Esta energia necessária para ligar um grupo fosfato ao ADP é suprida primariamente pelo desdobramento do monossacarídeo glicose na célula, em um processo chamado de respiração celular.
Estrutura do ATP e do ADP. As duas ligações fosfato que podem ser utilizadas na transferência de energia estão indicadas pelo símbolo til (~). Com mais freqüência, a transferência de energia envolve hidrólise das ligações fosfato terminais.
O ATP armazena energia química para várias atividades celulares.